Segundo Flávia Avila um dos motivos para que as pessoas desejem voltar à vida normal, mesmo sem evidências de que a doença esteja arrefecendo, é investigado pelas ciências comportamentais.
Trata-se da “fadiga comportamental”: as pessoas literalmente cansam de repetir as mesmas atitudes restritivas (no caso, cuidados com higiene, distanciamento social etc.) durante muito tempo. No caso da pandemia, a mudança da vida normal para a quarentena também foi muito brusca, o que exigiu ainda mais energia mental.
No início e com a perspectiva do “só mais essa semana”, aguentamos o esforço, tanto pela nossa saúde quanto pelo bem dos outros e dos que amamos. Porém, depois de mais de três meses de isolamento, as pessoas começam a relaxar nos cuidados: não mais aplicam álcool gel com tanta frequência ou deixam de higienizar as compras, por exemplo. E passam a se questionar: caso esses sacrifícios sociais e econômicos não fossem tomados, a situação não seria a mesma?
Cedo ou tarde será hora de planejar a retomada para o trabalho presencial. E nada será como antes, principalmente no início, enquanto os protocolos de higiene e distanciamento forem a regra.
Nesse caso, especificamente para grandes escritórios e indústrias, onde a aglomeração e a alta circulação de gente sempre ocorreram, os departamentos de comunicação interna e de recursos humanos deverão ter um cuidado redobrado no planejamento a fim de combater alguns vieses cognitivos e comportamentos que podem atrapalhar o cumprimento das normas sanitárias e comprometer a retomada das atividades econômicas.
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